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Ricardo Fenelon fala ao O Globo e ao Valor sobre os últimos movimentos da LATAM BRASIL e da AZUL

Desde segunda-feira (24) a principal notícia no setor aéreo brasileiro foi o anúncio pela LATAM BRASIL do fim do code-share com a AZUL, bem como a divulgação de fato relevante pela AZUL sobre um possível movimento de consolidação.


Nosso sócio Ricardo Fenelon foi entrevistado por Ivan Martinez-Vargas, do O Globo, e por Cristian Favaro, do Valor, sobre os possíveis motivos e desdobramentos dessa decisão das companhias.


Segundo Ricardo Fenelon, ao falar ao Valor, a consolidação não seria uma surpresa. “Isso é comum e já ocorreu em outras crises do setor”, disse. Entre os exemplos, citou os casos da Delta e Northwest Airlines em 2008 e United e Continental em 2010. Sua avaliação é que uma eventual consolidação seria favorecida pela baixa sobreposição das rotas, mas a nova companhia poderia ser alvo de “remédios” do Cade. Juntas, Latam e Azul responderam por 62,7% do mercado doméstico nos últimos 12 meses até abril (a Azul é maior).

Na entrevista ao O Globo, nosso sócio disse que uma eventual consolidação no setor aéreo em meio à pandemia tende a ser aprovada por órgãos reguladores no país mesmo que gere alta concentração de mercado.

"Na aprovação do próprio codeshare, Cade (órgão antitruste brasileiro) e Anac deram sinais de como veem a questão. A Gol questionou o acordo no Cade, mas a questão é que Latam e Azul têm muitas rotas em que elas não competem entre si"

Para Fenelon, a tendência no âmbito regulatório seria a de aprovar uma eventual união das empresas, mas com restrições específicas, considerando o momento de crise no setor aéreo.

— Não vejo um cenário provável para medidas drásticas como barrar a operação por completo, mas sim se determinada rota só tem Azul e Latam e está com restrição de slot (horário de pouso e decolagem), pode haver a determinação para abrir slots ali — explica.

Segundo ele, os movimentos de consolidação pós-crise são comuns na aviação civil, e já ocorreram nos Estados Unidos, por exemplo, após o 11 de Setembro.



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